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domingo, 15 de julho de 2012

Para ler

Poema

O que é um poema, uma vez que o poeta laça e entrelaça palavras, distorce o termo e molda-o ao melhor encaixe? Pois, curva ele a frase e pinta a escrita em conotação e denota mais do que se pode ler. Ora está ele brincando com termos cognatos em incógnitas construções ora esquecendo-se elíptico do vocábulo em zeugma; ou ainda, por vezes, o repetindo-o tão-pleonástico para lhe dar -lhe a forma então. e quem lê, o lê, lê metonimoso o poeta mais do que sua escritura e embarca na sua catacrese de palavra boa ou de palavra má; e adimira-se, e pensa-se, e questiona-se polissindético daquele que lê; tão-assindetico de si e lindo, feio, fraco, sublime; eis o crítico antitétio que engrandece ou que rebaixa algum autor-poeta, nalgum eufemismo sutile hiperbrólico, tão-paradoxal, para com seu texto. E o poeta que de início fora comparado a um artesão, já que tece a sentença no laço e na entrelaçadura da palavra sua, e que lhe dobra a forma, e que lhe dá o tom da cor no sentido seu em pura sinestesia, deixa em termos de ser autor só; visto que o leitor também dá a forma de seu tom crítico ao labor. Assim, pois, sem mais comparação, o poema é, em sentença, uma textura tecida sintático na semântica do poeta que é seu artesão, e ais que textura tecida pronto é metamorfose de texto, metametamorizada nas metfonias e nas rítmicas únicas do leitor, agora, seu co-autor.


Hipocrisia

Hoje, mais uma vez, eu me dei conta de que necessito mudar o termo, melhorá-lo. Mas, não estou certo de que possa fazê-lo; ao menos não tão simplesmente quanto me peça a necessidade. Afinal, não sei dizer se minha polissemia, como alguns dizem, é per tanto realmente polissêmica, ou mesmo faltante de senso, estrito ou lato. A tais não parece ter isto importância.
Hummm!, talvez eu devesse gerar um vocábulo, em deferência à telogonia dalguns "supratentos" - SE É QUE HÁ VONTADE -, mas não me fio tanto em minha capacidade logopoiética. Ou quiçá devesse tão-somente pôr o termo, a depender deste, nalgum vocábulo obsoleto, algum que niguém mais visse ou ouvisse, ou mesmo não quisesse saber. Em anacronia, quem sabe eu me fizesse entender. Mas, mais uma vez, me quedo alieno à vontade de quem me diga ouvir - inda sujeito à agnóstica surdez repentinamente -.

Aqui jaz a hiperonímia de um "idiota", perfeito então para a hipocrisia acéfala dos sábios hodiernos, inadimplentes da especularidade de que tanto clamam e reclamam.

Não há necessidade de diagnósticos precisos à pseudodiscrasia dos que bem podem ouvir, sua influxo-otorreia já o faz com a exatidão, e é desnecessário cunhar nova palavra, algum vocábulo que encerre si o termo que os expresse bem; já existe um, muito usado desde muito e não por isso em obsolência: HIPÓCRITAS. Falam o que querem falar e SÓ OUVEM O QUE QUEREM OUVIR.

"Eu não concordo com uma palavra do que você diz, mas defenderei até a morte o direito de dizê-las - Voltaire".

E inda querem que os ouçam!

Que merda!
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 Amiga



Um dia, sem quê nem para quê, alguém me aparece sorrindo, com um sorriso de lata, bonito sorriso, mui brilhante, brilhante ca pouca luz da sala, da sala do cursinho onde 'studávamos. Devo ter feito alguma pergunta ou alguma graça, e assim sorriu. Desde então tem sido assim, um sorriso, um riso e por vezes até um grito, ou gritos. Por que não?! Amigos também "brigam" de quando em vez rsrsrs!. Ora, contudo, seus gritos têm sido mudos, pois vêm digitados em grandes letras, o brado calado do mundo virtual, meio pelo qual atualmente a vejo; mas nem por isso é baça a amizade vinda, desde a lata, de seu primeiro sorriso lato; e se seu sorriso não brilha mais ao vivo em lata, - desaparelhou! rsrsrs! -, brilha enquadrado, agora, enlatado na janela de meu PC, e ainda é um lindo sorriso, sem latas, embora enlatado para mim. Assim, de um dia, sem quê nem para quê, estamos aqui, amigos; como tinha de ser.
Um dia, de novo, sem quê nem para quê, quero apreciar ao vivo seu sorriso amigo e fazer mais sentido fazer a palavra amigo, amiga.

                                                                                                                                             Elber Vieira

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